Foto tirada ao final de um dos ensaios para apresentação |
Foi quando tudo começou! Fui assistir uma apresentação de uma amiga (Aninha), em peixinhos, num evento que encerrava as atividades da Escola de Frevo no ano de 2012. Acabei assistindo também a apresentação de Flor e simplesmente amei tudo aquilo. Então Aninha me matriculou para fazer uma oficina no mês de Janeiro e minhas aulas seriam com Werison Fidelis! Logo nas primeiras aulas a sensação era de querer desistir. O corpo quebrado (dolorido) de uma forma que se eu não fosse para a aula na semana seguinte com certeza teria desistido. Isso, TERIA! Mas não desisti, fui e me diverti a cada aula. As dores? Não sentia mais! Estava orgulhosa por poder fazer algo diferente e ao mesmo tempo tão perto, tão próximo a mim. Afinal, frevo é mais que uma dança! É a expressão da cultura de um povo (do meu povo, minha terra, meu Pernambuco). É a vida de quem faz dessa paixão sua profissão e um trabalho que não dá ‘trabalho’ quando se faz com prazer e emoção. Ver isso nas pessoas me encanta!
Então concluí a oficina e resolvi continuar! Matriculei-me para o semestre de 2013.1 na turma da noite com o prof. Juninho Viégas. Na primeira aula ele foi logo dizendo que quem era novato ia acompanhando a turma, que a turma era misturada, etc, etc... Eu fiquei logo apreensiva, porque uma oficina de um mês não é o bastante para me fazer dançar ‘mais ou menos’ frevo. E por hora me achei até incapaz de acompanhar. O que hoje acho até engraçado que eu tenha me sentido incapaz, pois no meu papel de professora sempre incentivei meus alunos a persistirem, a tentarem superar suas dificuldades e desafios durante as aulas de natação. Eu que incentivava estava reagindo de forma contraditória quando a situação se referia a mim.
Acho que tudo mudou em uma aula onde o professor pediu para fazer a ligadura (passo do frevo). Quando eu vi o que era a ligadura, lembrei-me das crianças do projeto santo amaro que faziam (e muito bem) a ligadura. E eu os babava dançando, queria fazer também. Mas nunca havia feito aula para isso e era nessa aula que eu ia tentar. Na hora retruquei para quem estava perto que não dava pra fazer, falei que era muita dor. Ouvi algumas dicas para a execução do movimento e... Fiz! Eu consegui fazer a bendita ligadura e estava a pessoa mais feliz do mundo. Daí me veio à certeza de que se eu tentar e persistir posso sim conseguir dançar frevo do mesmo modo que digo que meus alunos conseguem nadar.
E agora chego ao final do semestre participando de uma apresentação da escola de frevo em comemoração a festa de São João (dia 13 de Junho de 2013 no Sítio da Trindade). E foi perfeito! Lindo, lindo, lindo! Uma apresentação de quadrilha que mesclava com passos do frevo. Acho que só depois de assistir o vídeo foi que me dei conta da riqueza de detalhes da coreografia. Uma apresentação bonita e bem contextualizada. Uma coreografia que foi apresentada por pessoas com diferentes expressões corporais e objetivos. E ela deu certo! Diverti-me e muito.
Amei tudo e só tenho que agradecer a Aninha que me matriculou na oficina; a Werison Fidelis que fez um excelente trabalho na oficina (o primeiro professor a gente também não esquece); ao professor Juninho Viégas por sua dedicação as aulas e por preparar uma coreografia linda que tornava os diferentes alunos capazes de sua execução; Aos amigos que foram assistir a apresentação e que sempre me incentivam em tudo (Vinícius e Aninha); A minha turma da terça e quinta pela amizade construída e alegria compartilhada em todas as aulas; e a todos que participaram do espetáculo que me proporcionou vivenciar este momento (minha primeira apresentação em público dançando, a primeira a gente nunca esquece).
Deixo aqui o vídeo da apresentação! No final do ano será ainda mais lindo e espero que com menos nervosismo e frio na barriga!
QUE ALEGRIIIIIIIIIIAAAAA SABER QUE TU FICOU FELIZ, APESAR DOS DRAMAS. =D