Na ultima sexta-feira (16 de Set. 2011) apresentei um trabalho da disciplina de Gerenciamento Escolar (por sinal uma excelente disciplina e brilhantes professores!). O trabalho foi sobre a administração científica com os ensinamento de Taylor! Estudando para esse trabalho percebi o quando ainda hoje somos influenciados pelas teorias desta escola em nosso cotidiano quando tratamos do gerenciamento escolar. Pois é... Esta teoria que foi criada pelas influencias do período da revolução industrial, mas precisamente na segunda metade do século XIX, por um tal burguês chamado Taylor. Digo Burguês porque assim era designada a chamada classe média dos comerciantes! Foi neste período que administração passou de um conhecimento empírico para uma ciência. Ciência esta que nos ensinamentos de Taylor tenta trazer benefícios para o proprietário das Indústrias e para o operário! Mas será mesmo isso verdade?! (fica a reflexão...)
Nessa administração visa de caráter muito forte a PRODUTIVIDADE somada , é claro, ao lucro. Onde se acredita que quanto mais aprimoramento da técnica específica para cada atividade melhor a produtividade. É nessa administração que o supervisor manda fazer tal atividade, com determinada técnica, com determinado tempo e o operário simplesmente a cumpre sem pestanejar. E qual é o beneficio do operário?! Ahhh, ele fará tudo em menor tempo e terá uma recompensa que não representa nem 20% da lucratividade que se tem com a chamada nova técnica! Não seria muita coincidência que neste período tivessem estourado tantas reivindicações e revolta dos operários!
Acredito que tem um filmezinho que sintetiza muito bem o que foi época. É o velho e novo Tempos modernos com Charles Chaplin!
Mas o que tudo isso teria haver com a Educação e/ou escola?! Pois tem tudo haver! Algumas, ou várias, escolas têm uma organização sistemática que visa também a produtividade! Produtividade esta que vem também atrelada ao lucro! Preste atenção... Atualmente uma escola bem sucedida nos nossos "Tempos Modernos" está vinculada ao percentual de aprovação no vestibular. Ou seja, quanto mais alunos aprovados no vestibular melhor esta escola. Então para alcançar esse objetivo no 3º Ano, por exemplo, são negligenciados vários conteúdos para se fazer um “resumão” do vestibular (até as aulas de Educação Física torna-se verdadeiras aulas de relaxamento para aliviar a tensão "pré-vestibular"!). A Educação vira um verdadeiro campo mercadológico! E assim surgem os cursinhos com os mesmos princípios e até Faculdades!
Porque nas escolas não podemos aprender algo interessante que possamos carregá-los conosco por toda vida?! Porque nas escolas não aprendemos o nosso papel na sociedade e até mesmo porque neste mesmo ambiente alguém tem que nos dizer que para ser "alguém" na vida temos que ter um curso superior?! É... os ensinamentos construídos na época da Revolução Industrial são tão atuais quando a afirmação de que a escola nasceu e ainda continua falida! Mas não sendo tão pessimista ainda a tempo de mudá-la. E para mudá-la é necessário refletir qual tipo de sociedade queremos construir! Queremos uma sociedade mecanizada e bitolada nos anseios do lucro?! Ou uma sociedade fraterna, sem classes, com cidadãos autônomos e críticos cientes de seu papel coletivo de transformador do mundo?! (Fica mais uma reflexão...)
0 comentários:
Postar um comentário