• Blockquote

    Mauris eu wisi. Ut ante ui, aliquet neccon non, accumsan sit amet, lectus. Mauris et mauris duis sed assa id mauris.

  • Viva a Juventude Socialista

    E Comunista!

  • Vicaris Vacanti Vestibulum

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Quando fui alfabetizada...

sábado, 28 de abril de 2012
Comecei aos 18... quase 19 anos! 

Nesta escola meus pais não tinham que visitar sempre para ver minhas notas e ouvir os elogios ou reclamações dos meus professores. Minhas provas não necessariamente tinham que ser escritas. Elas poderiam ser interpretadas, declamadas, apresentadas, gravadas, vivenciadas... enfim, criadas por mim em diálogo com meus  amigos, professores e o cotidiano! Elas não ficavam presas aos cálculos decorebas e nem a chamadas orais... Aprendi a aprender o que é a vida! 

Nesta escola aprendi a ler... ler um texto compreendendo o seu contexto, sua história, me imaginando nele e recriando ele! 

Nesta escola aprendi a falar... falar para um, para dois, para uma plateia inteira! Falar tudo que me inquieta e que me faz sentido falar, me compreendendo enquanto um ser de incompletude, porém ciente de seu papel para as transformações do Mundo! Sim, hoje sou senhora do mundo! Antes não, e esse antes não mais irá voltar! 

Hoje eu cresci... tenho meus 24 anos! Amadureci... e a cada dia mais me reinvento, me construo forte e valente sem perder a ternura e a amorosidade que em mim despertou quando compreendi o que estar na sociedade. Foram tantas gostosas reflexões sobre o que's, por que's, para que's e como's que finalmente fui alfabetizada na época em que frequentava a Universidade... Aprendi a ler, a escrever e a ser gente! Uma gente  que agora sim compreende uma Educação dentro e para além dos muros da Universidade... uma Educação para a vida! 

♫ Som da vez ♫

Salve, Chico!

 

A Monografia...

Aeeewww... está chegando o dia!

Bate até o desespero quando se está chegando o fim dos prazos e a bendita ainda não está pronta. Mas os pensamentos positivos e a minha dedicação me levará a certeza que vai dar certo! O dia da primeira entrega é 14 de Maio... que por acaso será também o dia da minha segunda e ultima apresentação da monografia na disciplina de TCCII :D

O tema é "Produção Estudantil & Currículo" com a orientação do Prof. Dr. Agostinho Rosas o//

Quando estiver mais próximo e tudo dando muuuuito certo, vou divulgar aqui o data da minha apresentação que ocorrerá no mês de Junho!

Boa sorte para mim e demais camaradas do Grupo Currículo que estão nesta batalha...

#VaiDarCerto!

Ter conhecimento é sinônimo de felicidade?

sábado, 21 de abril de 2012
Certa vez ouvi esse questionamento em sala de aula... e hoje me remeti a ele... 

Esse resposta vai depender do que cada um pensa sobre o que é ter conhecimento? Por que ter conhecimento? Para que conhecimento? E como utilizar o conhecimento? e definir felicidade passa pela mesma perspectiva!

Uma pessoa com muito conhecimento pode fazer florescer o sentimento de desesperança... como uma pessoa com muita felicidade poderá o ter sob uma ótica ingenua politicamente... afinal como podemos ser felizes caminhando num mundo tão desumano, tão desigual?! 

Estes últimos são exemplos... as duas coisas são subjetividades aparentemente simples e complexas ao mesmo tempo!

Continue Professor... continue!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Em Jaboatão...


#DeuCerto! 

Deixando meus parabéns aos novos membros do Conselho Tutelar de Jaboatão dos Guararapes / PE - Os jovens Revolucionários Inaldo Júnior e Quitan Brasil! Tudo é fruto do trabalho de base na comunidade! 

Parabéns e Firme na Luta!

19 de abril: Mensagem aos Povos Indígenas

 Ritual Xukuru, Aldeia Santana (Pesqueira)   
 Foto: Vânia Fialho / Retirada do Blog do NDIS
Neste dia 19 de abril, data criada em 1943 pelo governo brasileiro para homenagear os Povos Indígenas, não há motivo para festa. Esta é mais uma oportunidade para conclamarmos nossos parentes a não desistir da luta. A luta pela terra, sem a qual não há existência. A luta pela preservação da cultura, que nos fortalece. A luta pela natureza, que nos sustenta. E a luta pelo simples direito de viver, sem sermos criminalizados e vermos nossos pais, irmãos e filhos serem mortos. O indígena quer ser respeitado como habitante originário deste solo pátrio, mas também quer olhar para o futuro, acreditar em um dia em que não sejamos mais tratados como cidadãos de segunda classe ou ameaças à ordem vigente.

Estamos em mais de 80% do território nacional e o sangue indígena corre em 70 % das veias dos brasileiros. Nosso país é uma Nação Indígena, mas não reconhece isto. Somos lembrados pela ampla maioria da sociedade apenas uma vez ao ano, no Dia do Índio. Nos outros 364 dias ignoram-nos. O governo vira o rosto às nossas reivindicações. Até hoje não fomos recebidos pela Presidente Dilma Rousseff.

Os meios de comunicação seguem nos retratam através de estereótipos que não condizem com nossa realidade. O agronegócio, que alimenta a ganância dos grileiros de terras mancomunados com as elites políticas, conquista cada vez mais espaço no Congresso Nacional e demais instâncias de tomada de decisão.

Mesmo assim, continuamos firmes em nossos propósitos, indestrutíveis. Se o governo não nos ouve, levamos nosso grito para as ruas. Se a imprensa não nos dá espaço, criamos nossa rede de informações. Se nossos inimigos interferem na política, nos articulamos em busca de alianças para combatê-los. E prosseguimos, tendo como exemplo nossos grandes líderes. Citar o nome de alguns aqui seria injustiça frente a tantos guerreiros e guerreiras que dedicaram vidas e derramaram sangue pela nossa causa. Sabemos quem são eles.

Há muita tristeza em nosso caminho ao longo dos anos, mas também existe muito do que se orgulhar. Apesar dos massacres sistemáticos e total omissão das autoridades que deviam nos proteger, seguimos fortes e cada vez mais organizados, protagonistas de nossa história.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e as organizações indígenas regionais que dela fazem parte - APOINME, ARPINSUL, ARPIPAN, ATY GUASU, ARPINSUDESTE e COIAB - são motivadas em sua missão de zelar pelos direitos Indígenas, pelo espírito guerreiro de cada parente, desde aqueles que vivem em florestas intocadas aos índios que habitam grandes centros urbanos convivendo diariamente com a discriminação. Todos são inspiração para enfrentarmos os muitos desafios que ainda temos pela frente.

Hoje somos exemplo de resistência e se buscarmos cada vez mais a união nunca seremos derrotados. No mês de junho, o Acampamento Terra Livre acontece no Rio de Janeiro, integrando-se a Cúpula dos Povos, com o objetivo de incidir no que será discutido durante a RIO + 20. Nossa voz, então, será ouvida em todo o mundo.

A salvação do Planeta está na sabedoria ancestral dos Povos Indígenas!

Pela defesa dos direitos indígenas, contra a mercantilização da vida e da natureza, e pelo Bem Viver e Vida Plena para os Povos e comunidades indígenas!

Saudações,

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB

♫ Som da vez ♫

quinta-feira, 19 de abril de 2012

PROFESSOR EM TEMPOS DE PÓS-MODERNIDADE

Por Henrique Souza, Hélio Santos e Thamires Lucena*
*Texto Apresentado pelos discentes na disciplina de Prática de Ensino - Estágio Supervisionado III

Num período em que ainda se aponta a escola como uma Instituição falida decorrente de um processo histórico, ao professor concerne à responsabilidade, junto com os setores envolvidos na Instituição, de tornar a escola um espaço de formação de jovens sociais autônomos e críticos cientes de seu papel na transformação do mundo.

A condição do professorado é dotada de consciência, tomada de decisão, seleção, organização dos saberes e clareza na sua ação pedagógica. Não cabe aqui professores inocente politicamente, transformando sua compreensão de mundo num verdadeiro hiato. Em tempos de Pós-modernidade precisamos de professores críticos politicamente, onde sua ação é norteada numa dada posição epistemológica. E para isso se faz necessário que este compreenda o que é currículo e a práxis na Educação. A afirmativa se estabelece na educação e não na Educação Física, porque parte da compreensão de que os docentes de Educação Física também se inserem neste contexto, não cabendo assim tratar sua epistemologia de forma dicotômica.

Considerando o currículo como aspecto de grandeza maior na temporalidade e amplitude da ação pedagógica inserida na organização educacional, SILVA (p.150, 2004) apresenta o currículo como:

“Lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetoria, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é documento de identidade.”

Podemos dizer que o currículo é a substantivação da subjetividade do homem. Ele é vida, o cotidiano na escola. Ele tem em sua essencia uma epistemologia situada sob uma racionalidade lógica e uma responsabilidade social, política e cultural. A dimensão curricular é antes de tudo política, levando em consideração a cultura forjada no cotidiano, enraizado numa historicidade, dos jovens sociais presentes na escola. O professor e sua práxis deverão estar coerente com seu pensamento filosófico em Educação, caso contrario estará condizente com as negligencias no âmbito educacional. SABAINI (p.3, 2007) apoiada em Lopes (2006), Silva (2005) e Sacristán (2000) destaca que “O currículo não é uma listagem de conteúdos. O currículo é processo constituído por um encontro cultural, saberes, conhecimentos escolares na prática da sala de aula, locais de interação professor e aluno”. Ou seja, ele é mais do que um amparo legal para redigir uma escolarização formal. Ele está para a sociedade sendo constituído de atitudes críticas, filosóficas, sociais e política numa relação de inovação e práxis pedagógica. Ele reflete tomada de decisão e inquietude geradas num processo de aprendizagem, onde o mesmo se faz presente no cotidiano dos estudantes e professores. Para SANTOMÉ (p. 205, 1994):

“Profesoras y profesores y el alumnado ya no son, ni pueden ser vistos como bloques monolíticos, acríticos y pasivos, sino que son personajes activos, que procuran hacer valer sus derechos y denunciar aquellas formas de marginación que resultan especialmente visibles.”

Nesta afirmativa fica clara a relação de professores e estudantes, que mesmo com suas particularidades, precisam ser autônomos e críticos numa busca de denunciar e garantir seus direitos. E o ambiente que se forja essa criticidade é na escola, pois ela se constitui enquanto um aparelho Ideológico no sistema econômico social. Torna-se pertinente dialogar com ARROYO (p.141, 1999) quando questiona:

“Em que consiste a inovação educativa nessa tradição crítica? Em superar a inocência das análises sobre a escola, sobre o saber que transmite e sobre as competencias que ensina. Em superar a inocência a respeito do papel do conhecimento social e da cultura transmitidos. Em ter consciência dos vínculos entre Educação, poder, ideologia, cultura, estrutura e processos de reprodução social, assim como saber identificá-los. Entender a escola, o conhecimento, a cultura como campos de conflitos, explorando suas potencialidades libertadoras.”

Nesta perspectiva a Educação é vista como um objeto de controle social em disputa, onde é preciso superar modelos tradicionais tecnocráticos postos na escola. O currículo não está para atender um determinado status quo que fortalece as desigualdades sociais e nem tão pouco é algo técnico que não gere inquietude entre os jovens. É preciso ter consciência sobre o que é, porque, para que e como lidar com esses conflitos de forma a despertar potencialidade libertadoras. Portanto, a discussão sobre política e currículo nos leva a refletir sobre a sociedade. Porém, ARROYO (p. 147) afirma que:

“ É frequente ouvir que, na prática, a teoria é outra, que nos cursos de formação aprenderam teoria crítica de tudo, da didática, do currículo, da função social da escola e do professor, que lhes foram mostradas as relações entre currículo, ideologia e poder. É comum acrescentar, porém, que o dia-a-dia da escola se rege por outra lógica, outra cultura, que não é mera transposição da ideologia e poder.”

O que fica claro é que essa discussão, infelizmente, não faz parte do debate construído na escola. Embora os professores se capacitem, no cotidiano escolar eles não conseguem transformar o conhecimento em prática pedagógica. O que reforça uma dicotomia no campo escolar sobre os que decidem, os que pensam e os que fazem a educação no dia-a-dia. Fica o grande desafio desta nova geração de professores transformar os conhecimentos teóricos em práxis pedagógicas como também levar o cotidiano escolar para o campo das pesquisas, teorizações da academia e gestões públicas educacionais.

Trazendo a discussão para a estrutura da periodização do ensino na escola, o ensino fundamental no Brasil segundo LIBÂNEO (2005, p. 254):

“É etapa obrigatória da Educação Básica. Como dever do Estado, o acesso a esse ensino é direito público subjetivo, quer dizer, não exige regulamentação para ser cumprido. Seu não oferecimento, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente”.

A obrigatoriedade se estabelece numa etapa onde o estudante tem em seu radical a necessidade de alfabetização e com a compreensão que a Educação é um elemento fundamental na formação do homem. Por lei ela é estabelecida de forma que venha a garantir, através dos aparelhos do estado, uma Formação educacional pública, gratuita e de qualidade. Trazendo o debate para a área de atuação no estágio supervisionado III e a relação com a práxis, o Coletivo de Autores destaca que:

“O Terceiro Ciclo do Fundamental II (7ª Série à 8ª Série) é o ciclo de ampliação da sistematização do conhecimento. O aluno amplia as referências conceituais do seu pensamento; ele toma consciência da atividade teórica, ou seja, de que uma operação mental exige a reconstituição dessa mesma operação na sua imaginação para atingir a expressão discursiva, leitura teórica da realidade. O aluno dá um salto qualitativo quando reorganiza a identificação dos dados da realidade através do pensamento teórico, propriedade da teoria.”

Neste ciclo o estudante amplia seus conhecimentos a partir de uma práxis sistematizada e desafiadora, não exigindo espontaneidade. Neste momento ele percebe os aspectos cognitivos, os procedimentos teóricos do qual reconstitui e constrói sua leitura teórica. O que pode ser exemplificado a partir de LORENZINI; TAVARES quando apresenta que:

“No ciclo da 7ª e 8ª Série, o aluno amplia as referências conceituais, tem consciência da atividade teórica. Dá-se ênfase à compreensão que permite justificar as causas (trabalha a causa, vê onde o dado da realidade aparece, o que o determina). O salto qualitativo ocorre através da reorganização dos dados. Ex.: No esporte, o aluno já se apropriou dos fundamentos básicos. Passará a reorganizá-los, fazendo uso dos sistemas táticos e de técnicas específicas articulando um dado contexto”.

Neste contexto de práxis, o professor deve promover a inclusão nas aulas, buscando diversificar sua prática. Nesta perspectiva, ao aluno será oportunizado o acesso à cultura corporal de movimento a partir de uma aula contextualizada com a realidade. Podendo além de ter uma proposta lúdica, ser algo desafiador respeitando seu ciclo de aprendizagem. Atendendo a esta proposta, aos estudantes será oportunizada uma perspectiva de formação integral cidadã.

Tratando o Colégio Aplicação, no primeiro diagnostico é notório que os estudantes possuem um bom desempenho cognitivo. Porém o mesmo não pode ser afirmado do ponto de vista motor. A partir da proposta da Escola, discussões com os professores e com os alunos, se faz a construção do planejamento que dialogue com o cotidiano do estudante e que seja inovador do ponto de vista pedagógico. Desta forma, a aula de Educação Física não é vista como tecnicista e sim como algo que exprime amorosidade, curiosidade, criatividade, companheirismo e motivação para descobrir novos elementos dentro dos conteúdos da Educação Física e novas habilidades sendo tratada de forma indissociável com sua vida cotidiana.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA. Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

SABAINI, Selma Maria Garcia. Porque estudar currículo e teorias de currículo: (proposta de estudo para reunião pedagógica).

SANTOMÉ, Jurjo Torres. El Curriculum Oculto. Madrid: Morata, 1994.

ARROYO, Miguel G. Experiências de inovação educativa: O currículo na prática da escola. Campinas: Papirus, p. 131, 1999.

LIBÂNEO. José Carlos. Educação Escolar, políticas, estruturas e organização. São Paulo: Cortez, 2005.

LORENZINI, Ana Rita; TAVARES, Marcelo. A cultura corporal na prática pedagógica dos professores de educação física do estado de Pernambuco.

"Etnocentrismo, Comunicação e Cultura Popular" Por Ismar Capistrano Costa Filho*

*Esta escrita foi um trecho retirado de um relatório que produzi na disciplina de Cultura Popular da ESEF / UPE.

O artigo tem como proposta discutir a Cultura Popular sob um olhar antropológico pensando as relações da Cultura Erudita, a Industria Cultural, a Subversão e o Cotidiano. O pensar Cultura popular nos remete a uma série de preconceitos que precisam ser superados para compreendermos numa ótica de como saber conviver com as diferenças da vida cotidiana. para destrincha-lo, o autor faz por necessário compreender o que é etnocentrismo:

"O termo indica uma visão de mundo que considera meu grupo como padrão para o julgamento dos comportamentos dos outros. O que é diferente é rejeitado. É ridicularizado. Meu modo de vida é o correto. O dos outros está errado. Esta postura se origina de um processo de estranhamento, comum nos choques entre culturas diferentes. No entanto, torna-se preconceituosa quando julga um modo de vida superior a outro."

Para o autor, se faz necessário a superação ao ideal etnocêntrico na busca da compreensão de que a cultura é proveniente de um processo de adaptação do ser humano ao ambiente do qual esta inserido, levando em consideração sua historicidade e os mecanismos simbólicos que se adequou a sua realidade. Sendo assim, podemos afirma que cultura é um:

"(...) conjunto de mecanismos de controle simbólico (...) para governar o comportamento. (...) O homem é precisamente o animal mais desesperadamente dependente de tais mecanismos de controle, extragenéticos, fra da pele, de tais programas culturais para ordenar seu comportamento” (GEERTZ, 1989, pág.56).

Neste texto, Ismar também fala da multiplicidade cultural e dos desafios da convivência diante de uma sociedade onde de forma preconceituosa se compreende cultura como algo mercadológico ou de elite intelectual. Para reforçar a idéia de que a sociedade tem impregnada práticas/idéias etnocêntricas, o autor faz um recorte da historicidade daquilo que é chamado de cultura no período do renascimento, no período da revolução industrial e no período das revoluções comunistas. Sendo assim mostra a cultura erudita e seu "ar" de superioridade que vem a inferiorizar a chamada cultura popular que é colocada como reprodução por aqueles que não teriam a capacidade de autoconsciência e de emancipação. Ou a posteriore, surge a cultura industrial como uma estratégia de dominação da população "rebelde" através de jornais, revistas, e entre outros. Sua marca é colocar essa cultura para venda, onde quanto mais reproduzido mais valorizado. Ou seja, com maior possibilidade de lucro a cultura seguiu construindo/atendendo as necessidades do "capital". Quem lê até confunde essa ultima cultura com a que denominamos atualmente como pop. Onde, por exemplo, o hip hop dos guetos com suas músicas de protestos tornam-se um sucesso mundial. Logo, as fontes inspiradoras da chamada indústria cultural é simplesmente usar as manifestações culturais com um principio de quanto mais reprodução maior será o lucro.

Para embasar uma opinião, o autor toma diversificados referenciais, onde sempre confronta determinados "pontos de vista". Quando, por exemplo, os "iluminados" fazem a crítica a cultura do pop afirmando que não há mais salvação e só fazem lamentar. Outros já dizem (os românticos) que há salvação através da cultura popular que designa as tradições regionais e que elas devem ser museuficadas. Neste ponto ele confronta a ultima idéia de que as tradições regionais deveriam ser engessadas. Pois as próprias "tradições" já sofreram varias mudanças inerente ao espaço e tempo social em que estava inserida. Elas são as chamadas tradições vivas citada por Damatta. E mesmo assim, poderíamos chamar como cultura popular aquilo que mostra as tradições regionais? Desta forma, inconseqüentes, irão ignorar todas as manifestações de "massa" realizados nos períodos Pré e durante a ditadura militar? Neste caso a Cultura Popular tinha seus objetivos diferenciados da

manutenção das tradições regionais. Elas eram o porta-voz da conscientização do povo Brasileiro contra a opressão burguesa e podem ser exemplificadas através de Movimentos como o CPC da UNE e o Tropicalismo. Porém, ele considera este ultimo como um espaço de subversão onde seria um lugar propício a inversão de valores. O que fica expressa em:

"Sua relação com a cultura dominante pode ser de resistência, luta ou negociação. O popular cria metáforas de transformação, ou seja, a imaginação do que aconteceria se os valores fossem invertidos e as velhas hierarquias fossem derrubadas."

Por fim, Ismar aponta que:

"O cotidiano é, assim, o espaço onde se pode encontrar o conceito de Cultura Popular que foge do etnocentrismo do Folclore, da Cultura Industrial e dos Movimentos de Esquerda. É considerando o mundo vivido que se pode aceitar as diferenças, a alteridade, as reações e a multiplicidade dos modos de vida controlados pelos significados construídos socialmente."

Para baixar o texto original << AQUI >>

Vídeo da Fifa

quarta-feira, 18 de abril de 2012
Este vídeo foi produzido pela Fifa! Nele mostra a cidade do Recife e o Santa Cruz F C :D

"As Técnicas Corporais" de Marcel Mauss*

*Esta escrita foi um trecho retirado de um relatório que produzi na disciplina de Cultura Popular da ESEF / UPE.


O texto de Marcel Mauss nos faz pensar em que tudo do qual estamos contextualizados nos remete ao que é proporcionado pela Cultura. Desta forma somos influenciados e influenciamos nosso meio numa relação nter-pessoal do cotidiano. Sem ela talvez não estivéssemos vivos, pois ela é construída e reconstruída sob nosso olhar e o olhar de outrem a partir das relações diárias. Podemos dizer que ela está diretamente e indiretamente interligada a cultura popular de um povo.

Para confirmar tais suposições, Marcel Mauss descreve fatos que aconteceram com ele relacionados à cultura em seu tempo, espaço vivenciado. Onde a natação foi um marco para trazer a discussão da forma de adentrar na água e como também num outro debate relacionando ao esporte (atletismo). Fica evidenciado que de acordo com a historicidade, que as técnicas feitas em sua época foram sendo superadas e compreendidas como equívocos para um bom desempenho das atividades em questão. Ou seja, passando assim por um processo evolutivo. Ele também trás a discussão de aspectos comportamentais que poderiam ser facilmente associados a Nacionalidade de um cidadão quando, por exemplo, pode-se diferenciar um Inglês de uma Francês por um simples ato de sentar.

A leitura do texto nos remete a perceber que a Cultura faz parte do cotidiano da sociedade e que por vezes, talvez, nem a percebemos devido a tal enraizamento camuflado. Neste contexto ela nos aparece enquanto nossa Identidade, porém não melhor ou superior a outrem. Pois cada qual tem seu valor histórico e retrata de forma singular as ações, comportamentos de cada ser que se insere e dialoga com a sociedade.

Vale muuuuito ler o texto!
Baixe o texto original << 'As técnicas Corporais de Marcel Mauss' >>

Você não gosta de Socialismo?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ciclofrescas, uma proposta de ciclovias simples e baratas

segunda-feira, 9 de abril de 2012
perspectiva das ciclofrescas na
Avenida Agamenon Magalhães
 
Muitos leitores vão dar uma risadinha ao lerem esse post. Dirão que o tema é um sonho, impossível de se realizar. Mas o momento é de pensar a cidade que queremos e agir para que ela se transforme, viabilizando projetos que criem uma cidade para as pessoas, não para os automóveis. Esse é o princípio das Ciclofrescas – ciclovias arborizadas, sombreadas -, desenvolvidas por um grupo de arquitetos e urbanistas do escritório Cesar Barros Arquitetura. A ideia é simples e, o que é melhor, de fácil execução e barata. Consiste na implantação de ciclovias nas margens de canais, rios, canteiros centrais e ao longo das calçadas das principais vias da Região Metropolitana do Recife, com o incremento da arborização. O custo é simbólico diante dos milionários investimentos que os governos fazem para o carro: R$ 1,4 milhão para implantar ciclofrescas em cinco rotas, compostas por mais de dez corredores viários, totalizando 106 quilômetros de extensão.

perspectiva das ciclofrescas na Avenida
Agamenon Magalhães
 
A concepção do projeto também é simples. Propõe a implantação de ciclovias nas vias e, não, sobre calçadas ou necessitando de obras físicas. A ideia é reduzir a largura das faixas destinadas ao carro nas principais ruas e avenidas das cidades, abrindo um espaço para a circulação de bicicletas, que andariam no mesmo sentido do tráfego da via. Levantamento feito pelos arquitetos mostra que, atualmente, as faixas para circulação dos automóveis têm 3,5 metros, o que permitiria a redução para 2,80 metros, que é a largura mínima permitida. Sendo assim, sobraria 1,5 metro para as ciclofrescas. O projeto também defende a arborização como premissa para as ciclovias, o que atrairia os ciclistas.

“As ciclovias existem por toda parte, informalmente. As cidades possuem planos de mobilidade e contemplam ciclovias, mas a maioria não consegue tirá-las do papel porque insistem nos projetos de ciclovias segregadas, que exigem obras físicas. Assim, tudo fica mais difícil. Faltam projetos e recursos. Propomos ciclovias simples, sem segregação, consolidando a cultura do compartilhamento de vias, com a convivência harmoniosa dos diversos modais, mas priorizando o pedestre e o ciclista”, argumenta o arquiteto e urbanista Cesar Barros.

Os criadores tentam convencer o poder público – prefeituras e governo estadual – a adotar o projeto e têm argumentos para tudo. Sobre o pretexto do custo, explicam que as ciclofrescas seriam financiadas com recursos existentes. “A execução se daria com o uso das verbas de sinalização horizontal e vertical, bem como verbas de produção de mudas e plantio previstas nos orçamentos anuais dos governos. Fizemos uma simulação, tendo como base as tabelas do DER-PE e da Emlurb, que totalizou um custo de R$ 950 mil para pintar e delimitar o espaço das ciclofrescas e R$ 450 mil para a arborização”, afirma Cesar Barros.

A proposta abrange seis cidades do Grande Recife, interligadas por quatro rotas, conectando os municípios de Camaragibe, São Lourenço da Mata, Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. Além de Cesar Barros, o projeto é assinado pelos arquitetos Patrícia Monteiro, Éder Lima, Marcelo Moss, Carolina Férrea e Vitor Araripe.

Postado por Roberta Soares

História!

domingo, 8 de abril de 2012
Esse documento foi distribuido pelo então estudante Cândido Pinto - que leva atualmente o nome de uma entidade em PE, a Uep Cândido Pinto, praticamente um mês antes de ser baleado e ficar tetraplégico num atentado do famigerado Comando de Caças aos Comunistas (CCC) em 1969





♫ Som da vez ♫

Esta semana apresento para vocês o som do meu querido primo "Tom Woody - A voz da MPB" que mora em MG!

Escute outras músicas <<AQUI>>

SciELO Livros gratuitos!

sábado, 7 de abril de 2012
O Portal SciELO Livros está entrando no ar hoje (30), no link está disponível em http://livros.scielo.org/
A coleção inicia-se com 200 títulos em acesso aberto, incluindo obras das editoras da Unesp, Ufba e Fiocruz

Frases...

O modelo econômico capitalista é que dá certo!

Dá certo para uma grande parte da riqueza ficar nas mãos de poucos! O capitalismo dá certo para que o trabalhador continue sendo um conformista que reproduz argumentos de que nada muda e que as coisas são assim e pronto! O capitalismo dá certo para que jovens não assumam sua rebeldia de buscar, de aprender, questionar, lutar e mudar! Ele serve também para instaurar a ignorância entre homens e mulheres numa perspectiva de que o sistema está ai há anos e nunca vai ser modificado! Utilizando esta ignorância, o Sistema manipula pessoas e consolida seu projeto fracassado, que oprime e exclui grande parte da população! Não é preciso ler Marx para compreender que o mundo é desigual, mas é preciso ter senso crítico para não se conformar com a desigualdade! Marx deixou documentado aquilo que está no nosso dia-a-dia e muitas vezes preferimos ignorá-lo! 

Há quem diga que independente de qual ideologia você tomar partido, nada vai adiantar se aqueles que detem o poder não quiser trabalhar para o povo!

Pode ser até uma verdade (a verdade de outrem!), mas para usar tal afirmativa no contexto da atualidade ela não condiz. Pois o sistema econômico / a sociedade em si não é um organismo desprovido de interesses, sem nenhum tipo de conflito. É um organismo de choque, conflito, disputa, de pura relação de poder. Existem os que querem a sociedade justa para seu "umbigo" e existem aqueles que querem uma sociedade mais justa para todos. Mesmo que tenhamos pessoas com perspectivas epistemológicas parecidas com as nossas, que estão em "posição de poder", não é fácil a tarefa da consolidação dos ideais. Porque não basta um pessoa  acreditar, mas um coletivo que esteja disposto a operar! Pois hoje ainda temos um ambiente desfavorável a construção dos tais ideais no âmbito do poder Federal. Em contrapartida, é preciso também que o povo tome a luta, perceba e se organize em torno da causa! Pois, como disse Marx, "Uma força material se propaga a partir das massas organizadas!" e como diria Paulo Freire "Mudar é difícil mas é possível".

Há quem diga também que agora, ao invés de ficar por aí gritando por algo utópico, as pessoas deveriam procurar se adaptar ao atual modelo existente ao mesmo tempo em que busca soluções de consciêntização e melhorias dos "buracos" que o atual sistema possui!

Posso dizer que não queremos tapar o sol com a peneira! Queremos uma mudança de sistema! As adaptações ao sistema, os proprios capitalistas já o fazem para sempre enganar o povo e maquear seu falido e fracasado modelo econônimo (ou de sucesso para aqueles que tem pensamento estreito ou que se deixam enganar pelo conformismo, pela desesperança!)

"Ai daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina." Paulo Freire

Há quem possa não ser hoje socialista e comunista! Mas basta permita-se fazer o exercício da reflexão sobre o que é esperança, o modelo social do qual está inserido e seu papel na construção dele! E a resposta dessa essa reflexão a posteriore você encontrará.

Para compreender um pouco o mundo que acreditamos que pode ser construído, você não precisa ler somente Marx! Tem Gramsci, Michael Apple, Paulo Freire, dentre outros autores que não são necessariamente "partidários", mas trabalham numa perspectiva de analise crítica da Cultura e educação a partir de teorias fundamentadas na superação do modelo econômico e social Capitalista!

Por fim, se você não tem dúvida do seu papel social, tem esperança e ousadia para lutar contra esse tipo de modelo de sociedade, se acredita que é possível construir um Brasil Soberano, mais justo atrelado ao Desenvolvimento social... Pois bem, você também é socialista e Comunista!

Bora ou Vamos?!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O sucesso das redes em nova versão

quarta-feira, 4 de abril de 2012
Mais uma versão cover do clássico da internet. Animação não-oficial de Vinicius Guimarães. Softwares utilizados: Flash (animação), Premiere (edição de vídeo) e Windows Movie Maker (para o início e final ficarem como o original).

Carta aberta à comunidade acadêmica da UPE e a sociedade Pernambucana

domingo, 1 de abril de 2012
Pernambuco hoje vive um cenário de progresso econômico ímpar, o PIB do nosso estado cresce a um percentual muito superior a do Brasil. Mas é preciso cuidado com essa afirmativa, pois enquanto a economia se movimenta, a qualidade do ensino público, o sistema único de saúde - SUS e outros setores sofrem descasos constantes. A riqueza que deveria servir a todos os pernambucanos nos mais diversos segmentos da sociedade fica concentrada nas mãos de uma minoria.

A Universidade de Pernambuco é a única universidade estadual que temos, onde o CISAM, HUOC e PROCAPE são os hospitais escolas, que servem ou deveriam servir a toda comunidade acadêmica e a sociedade pernambucana, para garantir a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, contribuindo assim para a formação de profissionais capacitados para atender com competência à população, que tem o direito de ter acesso a um serviço de saúde de qualidade.

Historicamente, os hospitais universitários do país, explicitamente, ou de modo mais tímido, sofrem permanentes ameaças de privatização. O Projeto de Lei (PL) 1.749/2011 que autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A – EBSERH é uma das tentativas de ferir o direito social garantido pela constituição de uma gestão pública e de responsabilidade do estado, além de ferir o princípio de autonomia universitária, onde seriam prejudicadas as eleições para seus dirigentes, o que implica em um processo anti-democrático e consequentemente prejudicaria também o vínculo da universidade com os hospitais.

Na última quarta-feira (28/03) o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros – CISAM, centro de referência em atendimentos de alta complexidade a gestantes, sofreu INTERDIÇÃO ÉTICA pelo Conselho Regional de Medicina – CREMEPE devido à falta de médicos na UTI Neonatal e condições precárias na estrutura do hospital. A situação é caótica! Por que faltam profissionais de saúde? Por que as estruturas funcionam em condições precárias? Cadê o Pernambuco com PIB maior que o do país que não financia o sistema único de saúde - SUS de forma necessária e responsável? Se o estado não tem “condições” de administrar, quem o faria? Seria uma manobra rumo à privatização?

Nós, estudantes, que temos como força motriz o movimento estudantil na luta pela garantia dos nossos direitos e o comprometimento em protagonizar o desenvolvimento do estado, enquanto futuros profissionais e cidadãos, não vamos mais tolerar tamanho descaso com nossos hospitais escola, correndo o risco de perder nossos campos de prática, de formação profissional e de atendimento a população. Se o Poder Executivo do estado não toma providências diante dessa situação, nós o cobraremos!

Saudações Estudantis!

Representante do 5º período de ENFERMAGEM, turma 2010.1.
Universidade de Pernambuco em Recife, Brasil.

1º Abr. 1964...

Fonte: Site Vermelho

Triunfa o golpe militar. Onda de prisões pelo país. Incêndio da sede da UNE no Rio destrói o acervo do CPC. Brizola tenta resistir no RS. Ferroviários do Rio e mineiros de SC fazem greve. 

A repressão atira contra passeata no Recife e mata os estudantes Ivan Aguiar e Jonas Barros.

♫ Som da vez ♫

Já que hoje não vou ver a Maria Rita cantar Elis no parque de Boa Viagem... numa tentativa de consolo (#Risos) trago essa diva para o 'Som da Vez'!

Já na Federal...

Foto de Otávio Machado

Encerrou as eleições do SINTUFEPE - SEÇÃO SINDICAL UFPE para uma gestão de 2012 / 2014. Como já havia dito em postagens anteriores, a Eleição foi para o '2º Turno' nos dias 29 e 30 de Março de 2012 seguindo as normas do estatuto da Entidade! Com 5 chapas inscritas, a chapa 3 'SINDICATO É PRA LUTAR' sagra-se vitoriosa numa eleição apertada, veja os números:

Chapa 1: 222 votos (dois representantes)
Chapa 2: 213 votos (dois representantes)
Chapa 3: 268 votos (três representantes)
Chapa 4: 251 votos (três representantes)
Chapa 5: 91 votos (um representante)

Votos válidos: 1.045

Lembrando que o resultado é proporcional, ou seja todas as chapas terão membros na gestão do Sindicato!

Portanto, parabéns aos que participaram do processo e, independente de quem tenha tido mais ou menos votos, que todos durante a gestão possam contribuir em defesa do trabalhador!
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